O primeiro relato documentado sobre a existência da criatura que ficou conhecida como “o chupa-cabras” surgiu em março de 1995, em Porto Rico, onde oito ovelhas foram encontradas mortas misteriosamente. Em seu peito foram encontrados três orifícios simétricos e o sangue dos animais havia sido completamente drenados. Foi o início de uma verdadeira epidemia de animais mortos, todos com as mesmas características. Pouco tempo depois, uma testemunha, Madelyne Tolentino, declarou ter visto a criatura que estaria causando a mortandade. Depois disso, dezenas de testemunhas teriam avistado a criatura, não só em Porto Rico, mas em boa parte das Américas Central e do Sul, inclusive no Brasil, e sempre associada à morte de animais em circunstâncias estranhas.
Apelidado de “chupa-cabras”, o ser costuma ser descrito como um animal do tamanho de um urso pequeno, com garras protuberantes e grandes olhos, pele de um marrom esverdeado e presas aguçadas, que ataca o gado saltando sobre o seu pescoço, mordendo-o e sugando seu sangue até a morte do bicho. Vários relatos mencionam um odor forte e desagradável que cerca a criatura. Alguns depoimentos atribuem características reptilianas ao chupa-cabras, como pele escamosa e placas ósseas na região dorsal. Pesquisadores notaram a semelhança entre essas características e alguns animais fantásticos do folclore, como o lobisomem, o Sigbin mencionado nas lendas filipinas ou o Arranca-Línguas do sertão brasileiro.

Foi o bastante para levar os ufólogos a especular sobre uma possível ligação entre o chupa-cabras e os discos voadores. Sugeriu-se que o chupa-cabras poderia ser um alienígena ou então um animal desenvolvido pelos extraterrestres por meio de engenharia genética, como uma espécie de experimento. Mas, até onde eu sei, até hoje não se encontrou nenhuma evidência concreta relacionando os dois fenômenos, e nem todos os pesquisadores se deixam levar pela ideia de que discos voadores e chupa-cabras são farinha do mesmo saco.

Em seu livro Tracking the Chupacabra: The Vampire Beast in Fact, Fiction, and Folklore, Radford examina centenas de relatos em todo o continente americano e chega a conclusão de que os chupa-cabras não são nem uma experiência extraterrestre, nem animais criptozoológicos, mas sim coiotes infectados pelo parasitaSarcotes scabiei, um artrópode que adere à pele, causando a queda de pelos e vários outros sintomas bastante semelhantes às características do chupa-cabras, como o mau cheiro e a pele escamosa.
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